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segunda-feira, 27 de novembro de 2017

FERRAMENTAS DA GESTÃO DA QUALIDADE AMBIENTAL



A PRODUÇÃO EM MASSA
A preocupação de Ford foi apenas com a produção da sua indústria. Visava o lucro das produções em massa, tanto é que, ele só produzia carros na cor preta, pois secavam rápido e daria tempo de montar mais automóveis. Não há dúvida de que seu modelo mecânico inovou no segmento industrial, mas não houve preocupação com a qualificação e supervisão em todos os setores de produção.
Ao contrário de Ford, os japoneses desenvolveram técnicas de gestão em qualidade onde realizavam o planejamento da qualidade, garantia de qualidade e compraram equipamentos necessários para cada tipo de serviço. Os funcionários da Toyota foram treinados, estudavam os modelos norte-americanos. Tudo isso faz parte das ferramentas e técnicas de gestão de qualidade nas empresas.
Não havia pressa na produção; antes, verificava-se todo o material recebido, em todos os níveis de produção, desde a primeira peça até o processo de montagem. Tinha fiscalização por meio de auditores para ver se estava tudo funcionando satisfatoriamente. Além disso, havia inspeção dos equipamentos utilizados em cada etapa, bem como a avaliação dos fornecedores.
Os japoneses da Toyota, com seu novo sistema de gestão flexível e inteligente, procuravam investir na fiscalização de possíveis falhas internas e externas. As internas são os desperdícios, com trabalhos desnecessários, problemas na comunicação, materiais. Possíveis despesas com produtos inválidos, que não tinham mais função, correção dos objetos com defeito, um reexame dos produtos e do trabalho, bem como a triagem de peças de carro, por exemplo, que poderiam ser vendidas a preços inferiores.
Outra coisa era a análise de falhas. As falhas externas são em relação a produtos que não agradaram o cliente e retroagem; outros que apresentam defeitos, que é o custo da garantia dos produtos. 
Custos com as reclamações, alterações contratuais e o impacto na reputação da empresa.
Um detalhe é a questão dos recalls, quando é necessário chamar os proprietários de um produto para encaminharem a empresa, para que essa efetue a troca de alguma peça com defeito. Esses recalls custam caro, dependendo do caso, são milhões que a indústria desembolsa.
Em relação as técnicas da gestão de qualidade, agora, no sentido do gerenciamento de qualidade existe:
1) Planejamento: consiste na identificação dos padrões de um projeto.
2) Garantia de Qualidade: está relacionado a garantia da qualidade;
3) Controle de Qualidade: está relacionado a fiscalização e supervisão. Dentro do controle de qualidade, há três ramificações do conceito: gerenciamento das diretrizes, por processo e da rotina. 
A principal ideia desse primeiro gerenciamento, por mais que pareça redundante, é o modelo IDEIA: Incentivar a geração de ideias; Desenvolver iniciativas com produtos significativos; Estabelecer consenso em relação a melhoria; Intensificar contatos; Assegurar a coerência entre as normas e ações, com objetivos claros e definidos. 
As normas e técnicas da gestão de qualidade são importantes para intensificar tão somente a qualidade das empresas. E ela não é de difícil compreensão, uma vez que é algo bem prático. Qualquer cidadão pode observar que nem todas as empresas e instituições planejam, de fato, o processo de andamento das empresas.
Utilizar as técnicas e ferramentas da qualidade podem auxiliar uma empresa a ganhar o mercado e ter clientes fiéis. Deve-se pensar nos vários aspectos e não somente no lucro.

Para que seja implantado o sistema de gestão da qualidade são necessárias algumas ferramentas para analisar fatos e auxiliar na tomada de decisão.
ELEMENTOS DO PLANEJAMENTO
Os nove elementos de planejamento, a seguir, geralmente, são
explícitos no plano:
Propósitos – O que fazer.
Objetivos – Porque fazer.
Prazos – Em quanto tempo.
Políticas – Que regras seguir.
Critérios – Como julgar.
Procedimentos – Como fazer, que passos seguir (plano de ação);
Recursos (tecnológicos e financeiros) – O que utilizar.
Monitoramento – O que medir.
Controle – Como analisar e revisar o que se fez.
Esses instrumentos são conhecidos como ferramentas da gestão da qualidade.  O objetivo de utilizá-las é chegar a um grau de eficiência/eficácia em uma determinada atividade ou processo.
Mas, deve-se ter profissionais capacitados para que as ferramentas sejam aplicadas de maneira correta, pois senão corre-se o risco de ter resultados incorretos.
Ferramentas de Gestão Ambiental
LAIA  -Levantamento de Avaliação de Impactos Ambientais: O Levantamento de Avaliação de Impactos Ambientais (LAIA) é um instrumento de estudo para avaliação dos efeitos ecológicos (assim como econômicos e sociais), que podem advir da implantação das atividades humanas (em grande parte industriais), bem como de monitoramento e controle desses efeitos pela empresa em questão e também pelo poder público e pela sociedade. 
Lei 6.938/81 e Resolução CONAMA 237/97.
http://www.mma.gov.br/estruturas/sqa_pnla/_arquivos/46_10112008050406.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6938.htm
http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res97/res23797.html
O LAIA é um instrumento preventivo usado nas políticas de meio ambiente e gestão ambiental com o objetivo de assegurar que um determinado projeto ou atividade, possível de causar danos ambientais, seja analisado de acordo com os prováveis impactos no meio ambiente, e que esses mesmos impactos sejam analisados e tomados em consideração no seu processo de aprovação ou execução.
A elaboração de um LAIA é baseada em estudos ambientais feitos por profissionais de diversas áreas que, no estudo em questão, participam também alguns funcionários da própria empresa, os quais apresentam diagnósticos, descrições, analises e avaliações sobre os aspectos e impactos ambientais efetivos e potenciais referentes aos seus setores.
O objetivo do estudo é utilizar um Instrumento de política ambiental, formado por um conjunto de procedimentos capazes de assegurar, desde o início do processo, que se faça uma avaliação sistemática dos impactos ambientais de um projeto ou atividade, suas alternativas, e cujos resultados sejam apresentados de forma adequada aos funcionários e aos responsáveis pela tomada da decisão. 
Além disso, os procedimentos devem garantir adoção de medidas de proteção do meio ambiente, determinadas no caso de decisão da implantação do estudo em questão. 
O objetivo especifico é avaliar através do LAIA os processos de produção e seus aspectos ambientais diretos e indiretos e seus possíveis efeitos (impactos) sobre o meio ambiente, assim como sobre os recursos humanos que operam nas áreas em questão. Tais apontamentos, possíveis soluções ou recomendações, se tornam a base para a elaboração e implantação de um Sistema de Gestão Ambiental.
JUSTIFICATIVA COMPULSÓRIA
A Resolução CONAMA nº 001, de 23 de janeiro de 1986 estabelece metodologia e parâmetros específicos para a identificação, avaliação, e análise dos impactos ambientais, para proposição de respectivas medidas mitigadoras.
http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res86/res0186.html
O artigo 1º desta Resolução estabelece que “Para efeito desta Resolução, considera-se impacto ambiental qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam:
I – a saúde, a segurança e o bem estar da população;
II – as atividades sociais e econômicas;
III – a biota;
IV – as condições estéticas e sanitárias;
V – a qualidade dos recursos ambientais.


JUSTIFICATIVA VOLUNTÁRIAQuestões de mercado e implantação e certificação de um sistema de gestão ambiental, baseado na norma ISO 14001.METODOLOGIAO trabalho utilizando a metodologia do LAIA – Levantamento dos Aspectos e Impactos Ambientais, abrange as seguintes etapas: 
Identificação dos Aspectos e Impactos Ambientais.
Aspectos da empresa, tanto do setor produtivo como do setor administrativos, enfim, todos os aspectos que podem se relacionar, direta ou indiretamente aos aspectos ambientais.
http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=10294&revista_caderno=5
Caracterização dos Aspectos Ambientais.
Após a identificação, todos os aspectos serão caracterizados segundo:
2.1. Condição de operação (normal, anormal, emergencial).
2.2. Intervenção (direta, indireta).
2.3. Situação (real, potencial).
2.4. Classificações dos Impactos Ambientais.
Após a identificação e caracterização de cada aspecto ambiental, cada qual será classificado nos seguintes pontos:
– Freqüência/Probabilidade (baixa, média, alta).
– Severidade (baixa, média, alta).
– Abrangência (local, regional, global).
– Determinação dos níveis de significância.
Nesta fase ocorre a determinação do nível de significância de cada aspecto e seu impacto ambiental relacionado, ou seja, a análise de cada impacto, se é ou não significativo. São avaliados os seguintes itens para a determinação do nível de significância:
– Avaliação da Conseqüência (baixa, média, alta/ local, regional, global)
– Avaliação da Freqüência/ Probabilidade (baixa, média, alta).
– Classificação do nível de significância.Neste ponto, após análise das etapas anteriores ocorre a classificação do nível de significância. 
Os aspectos e impactos ambientais, neste ponto serão classificados em:
– Desprezível.
– Moderado.
– Crítico.
Estabelecimentos de medidas de controle.Para impactos ambientais significativos, devem ser estabelecidas medidas de controle, ou seja, as formas de controle relacionadas aos procedimentos operacionais, instruções de trabalho, planos de emergência, termos de compromisso, ações preventivas e corretivas e outros. Devem ser estabelecidas medidas de controle que incluam:
– Objetivos e metas;
– Controles Operacionais;
– Planos de Emergência.
file:///C:/Users/aluno.nit/Downloads/banner%20LAIA.pdf

FERRAMENTAS DE QUALIDADE 

Quando se trata de gestão de qualidade, não se pode esquecer de um dos precursores desse ramo: 

Walter Andrew Sherwart. Idealizador da técnica conhecida como PDCA (Plan, Do, Check, Act), que significa, traduzindo para o português, Planejar, Fazer, Verificar, Agir (PFVA). Esse é um processo fundamental do processo de melhoramento e qualidade.

Primeiramente, se usa o planejar, que consiste em estabelecer metas, objetivos e modelos de desempenho, rotinas, etc. Em segundo lugar, vem o fazer: medir o desempenho real. 
A próxima etapa é o verificar, onde o indivíduo fará um balanço entre os objetivos e o desempenho e determinará a diferença deles. Por último, vem o agir: executar tudo e aperfeiçoar sem esbanjar.

Essas técnicas são necessárias para agradar o cliente, uma vez que na gestão de qualidade a preocupação não é apenas com a produção, mas com a qualidade. Outra coisa é aumentar a capacidade de cumprimento dos objetivos traçados no plano inicial. 


Diagrama de Pareto

técnica em que os problemas são separados em partes, assim eles são analisados entre si. Geralmente, para a produção do diagrama é utilizado um gráfico de barras verticais.
Diagrama de causa-efeito ou Diagrama de Ishikawa: técnica muito empregada para descobrir a relação entre um efeito e as causas para que esse efeito esteja ocorrendo. Também é chamado de Espinha de Peixe, por causa do formato do seu diagrama. Primeiramente, foi aplicado em 1953, no Japão.

Histogramas: responsável por mostrar a variação entre um processo em determinado período.

Folhas de Verificação: é um documento feito na forma de planilha ou tabela para auxiliar na coleta de dados.
http://www.blogdaqualidade.com.br/folha-de-verificacao/
Gráficos de Dispersão: gráficos de dispersão ou diagrama de dispersão é um modelo representativo de duas ou mais variáveis dentro de um gráfico.

Cartas de Controle: são gráficos utilizados para acompanhar um processo.
Fluxograma: nessa ferramenta utiliza-se apoio gráfico para listar todas as atividades de um processo. Ele apresenta uma sequência lógica de tudo que é realizado nas etapas do processo.

Brainstorming: em português, significa tempestade de ideias e é uma técnica usada para gerar ideias dentro de um grupo de pessoas através de soluções interessantes e criativas para resolver o problema.

Benchmarking: ferramenta que faz a comparação entre os processos de uma empresa com outras empresas bem-sucedidas. Ao final, todas as ideias são analisadas.


Tecnicamente, pode-se definir benchmarking como um processo contínuo de medição de produtos, serviços, atividades e práticas próprias de uma empresa em relação aos concorrentes melhores colocados no mercado ou às empresas reconhecidas pela sua liderança nesse ponto.

CAMP, R. C. Benchmarking: identificando, analisando e adaptando as melhores práticas de administração que levam à maximização empresarial: o caminho da qualidade total. 3. ed. – São Paulo: Pioneira, 1998 


5W2H: utilizada para ajudar a planejar as ações. Assim é preciso elaborar um quadro e responder as perguntas: O quê? Quando? Por que? Onde? Como? Quem? Quanto?

5S: modelo que surgiu no Japão em 1950. São cinco princípios (Seiri, Seiton, Seisou, Seiketsu, Shitsuke) – Senso de Utilização, Organização, Limpeza, Saúde ou Melhoria Contínua, Autodisciplina, que podem ser implantados na empresa para gerar a qualidade.

http://www.sobreadministracao.com/o-que-e-o-5w2h-e-como-ele-e-utilizado/
http://gestao-de-qualidade.info/ferramentas-da-qualidade.html
http://www.ambito.com.br/NovoSite/index.php/solucoes/levantamento-aspectos-impactos-ambientais-laia/http://www.hcconsultoria.com.br/imagensv6/laia_rel.jpghttp://www.ufrgs.br/sga/operacao-do-sga-da-ufrgs-1/avaliacao-de-aspectos-e-impactos-ambientais-dos-espacos-fisicos-da-ufrgs/tabelas-modelo


Referências bibliográficas
BESSA, Paulo Antunes. Relatório de Impacto Ambiental, O estado de S. Paulo, ed. 2, disponível em 4/6/1988, p.29.
BRASIL, República Federativa. Resolução CONAMA nº 001, de 23 de janeiro de 1986.
MACHADO, Paulo Affonso Leme. Direito Ambiental Brasileiro. 18ed. rev, atuliz e ampl.,São Paulo: Malherios, 2010, p.241.
MIRRA, Álvaro Luiz Valery. Impacto Ambiental – Aspectos da Legislação Brasileira, São Paulo, Ed. Oliveira Mendes, 1998.
SEMA. Vocabulário Básico do Meio Ambiente. Rio de Janeiro: Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente, Cadernos Funap: São Paulo 9º ano, nº 16, 1990, p.33.

SEMA/SP. Avaliação de Impacto Ambiental, Secretaria do Meio Ambiente, 1989, p.11- 23.

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